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VÍDEO: cães são adestrados para ajudar em resgates e recuperação de pacientes

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Há quatro anos, o 4º Comando Regional dos Bombeiros (4º CRB), em Santa Maria, conta com o auxílio de cães no trabalho de busca, salvamento e resgate. O pelotão responsável pelo treinamento dos animais conta, atualmente, com seis cães adultos e um filhote, que em breve deve compor o quadro de "profissionais" do 4º CRB, o único no interior do Estado a realizar ações e operações com cachorros. Em 2019, os animais atuaram em 26 ocorrências ao lado dos bombeiros.

- O trabalho com os cães otimiza um monte o nosso trabalho, além de limitar as áreas de busca, por exemplo, em situações em que corremos contra o tempo para localizar uma vítima ainda com vida - relata o 1º tenente Ivan Flores da Rosa, responsável pela equipe.

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Os cães ajudam os militares a salvar pessoas perdidas em matas, em escombros ou em afogamentos. Com habilidades que o homem não possui, eles são essenciais em alguns tipos de ocorrência. Além de irem a campo ao lado dos bombeiros nessas situações, alguns dos cães também são levados para visitar pacientes internados no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), em um projeto realizado em conjunto com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Em dezembro, três militares do comando que atuam neste tipo de serviço foram condecorados com a medalha do Mérito Cinotécnico pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), na Cidade Xanxerê (SC), que é integrante da Organização Internacional de Cães de Resgate (IRO, sigla em inglês) e referência na América Latina na área. Em Santa Maria, o projeto de cinoterapia aplicado no Husm completou dois anos no final do ano passado.

- Um dos requisitos para ser um cão de busca é ele gostar de pessoas e ser dócil. Hoje, temos quatro cães "terapeutas". Toda a equipe avalia qual cão pode ou não ir para a cinoterapia. Se mostrando apto, a gente passa para a avaliação sanitária e, a partir daí, ele pode ir para o hospital. Lá, a gente sente que eles ficam mais calmos, que é o que a gente espera - avalia o sargento Alex Sandro Teixeira Brum, que, ao lado do labrador Guapo, atuou na busca por desaparecidos na tragédia de Brumadinho, em março de 2019.

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Assim como um bom bombeiro militar, para dar conta dos desafios esse time de quatro patas precisa encarar uma rotina intensa de treinos. O treinamento ocorre de duas a três vezes por semana e é realizado em meio à vegetação densa da mata nativa e de reflorestamento, no distrito de Boca do Monte. Lá, é feita uma simulação de localização de pessoas perdidas.

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DIFICULDADES
No treinamento, o cão deve superar os obstáculos naturais, localizar a vítima e ficar latindo até a chegada de seu condutor. Durante uma busca no meio rural, por exemplo, a habilidade de faro aguçado de um cão possibilita que ele desempenhe o trabalho de 40 homens em relação à área de cobertura, o que diminui em muito o tempo resposta no trabalho de procura. A Juju, uma cadela da raça bloodhound, é treinada para localizar odores específicos de pessoas, através do farejamento de peças de roupas ou de objetos.   

- Nas últimas buscas, tanto em situações de suicídio ou de pessoas perdidas, a Juju chegou na vítima com mais ou menos 20% mais velocidade que outro cão. Ela vai seguir a trilha até onde está a pessoa, percorrendo o mesmo percurso - comenta o soldado Jair Silveira da Silveira.

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Em março, o Pelotão de Busca e Salvamento (PBS) deve receber uma nova viatura para transportar os animais, com capacidade para seis cães, e que deve ser usada em ocorrências em toda a região. Hoje, o canil fica junto à sede dos bombeiros no Bairro Pinheiro Machado. A ideia, conforme o tenente, é criar, futuramente, um Centro de Treinamento em Santa Maria.

REFORÇO CANINO

JUJU
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  • Raça - Bloodhound
  • Idade - 3 anos
  • Especialidade - Cão farejador de odor específico. Nos treinamentos, é utilizada a técnica de "mantrailing", em que o cão inicia a busca através de um cheiro específico que ele, anteriormente, fareja em uma peça de roupa ou objeto em que a pessoa desaparecida tenha encostado. Em uma coleira longa, o caminho percorrido pela pessoa desaparecida é reconstruído e o campo de busca pode ser reduzido. Essa técnica é mais usada quando se tem ideia da direção ou rota de pesquisa

OROS
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  • Raça - Border collie
  • Idade - 2 anos
  • Especialidade - Independentemente do odor, ele fareja qualquer pessoa viva. Através da técnica "Caçar", o cão é treinado para identificar pessoas desaparecidas e procurar por vítimas vivas em áreas maiores ou em estruturas colapsadas. Diferente da outra técnica, nessa o animal percorre o caminho solto, pois não há uma trilha específica para percorrer

GUAPO
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  • Raça - Labrador retriever
  • Idade - 5 anos
  • Especialidade - Fareja pessoas vivas e é um dos dois cães treinados para localizar cadáveres. Também utiliza a técnica "Caçar", e percorre, solto, os quadrantes estabelecidos pelos bombeiros e, no momento em que consegue identificar o odor cadavérico, ele muda de comportamento e começa a latir. Como as ocorrências são mais detalhadas, o trabalho é feito sem pressa

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